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Longas brasileiras premiadas na 68ª Berlinale

Foto: "Zentral Flughafen THF", Karim Aïnouz © Juan Sarmiento. "Ex Paje", Luiz Bolognesi ©Pedro J. Marquez

Ainda que não tenha contado com filmes na competição oficial, a presença brasileira na 68ª Berlinale foi bastante bem sucedida. Entre temas políticos, a ameça aos povos indígenas actuais, a crise dos refugiados, as questões de igualdade de género e libertação sexual, o Brasil apresentou uma variedade de temas que não passaram despercebidos na capital alemã. De facto, foram cinco os filmes brasileiros premiados este ano na Berlinale. 

 

Karim Aïnouz ganhou o Prémio da Amnistia Internacional (delegação alemã) com “Zentral Flughafen”, que acompanha a história de um jovem refugiado sírio a viver no abrigo do aeroporto de Tempelhof durante o seu processo de requerimento de asilo na capital alemã.

 

“O Processo”, de Maria Augusta Ramos, ganhou o terceiro prémio de melhor documentário no Panorama Audience Award, votado pelo público. O filme debruça-se sobre o polémico impeachment de Dilma Roussef, mostrando os bastidores do seu processo de afastamento do poder.

 

No Glashütte Original – Documentary Award, novo prémio para documenários que existe desde 2017, houve ainda uma menção especial para “Ex Pajé / Ex-Shaman”, de Luiz Bolognesi, que conta a história de um ex-pajé da Amazônia, alertando para a ameaça que a sociedade ocidental e a evangelização forçada representam para os povos indígenas contemporâneos.

 

TEDDY AWARD

 

“Tinta Bruta”, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher, ganhou o Teddy Award para melhor filme. Conta a história de Pedro, um jovem que atravessa uma fase problemática e ganha a vida apresentando-se de forma anónima em chats da internet, dançando nu na escuridão do seu quarto, coberto apenas por tinta fluorescente.

 

“Bixa Travesty”, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman, o retrato de Linn da Quebrada, a mais recente diva travesti do Funk brasileiro, ganhou o prémio para melhor documentário no Teddy Award.

 

Por fim, o prémio especial do júri do Teddy Award foi atribuído ao filme “Obscuro Barroco”, da realizadora grega Evangelia Kranioti, sobre o travesti Luana Muniz (1961-2017), numa viagem pelas ruas do Rio de Janeiro.

A lista com todos os vencedores da 68. Berlinale pode ser consultada aqui

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