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Landing Festival Berlin - 2a edição

Landing Festival Berlin (c) Landingjobs

29/03/2019

Foto: ©Promo/Landing Festival

Pela segunda vez na capital alemã, o Landing Festival terá lugar entre 3 e 4 de Abril na Telekom Hauptstadtrepräsentanz (Französische Straße 33 a-c, 10117 Berlim). É organizado pela empresa portuguesa Landing.jobs, uma plataforma de recrutamento online com foco no sector das tecnologias de informação. O objectivo deste site de ofertas de emprego tech é facilitar o encontro entre os candidatos e as empresas que os procuram.

 

Diogo Alves de Oliveira, Head of Operations da empresa, originário do Porto e a trabalhar com a equipa da Landing.jobs em Lisboa desde 2016, explicou à Berlinda como surgiu o festival e os principais pontos altos da edição deste ano em Berlim. Não deixou de mencionar os muitos quilómetros que tem que percorrer no seu dia-a-dia para assegurar a organização de um evento desta envergadura. “Na semana passada estive em Lisboa e Barcelona. Esta semana estou no Porto e Munique e para a semana estarei em Lisboa e Berlim. Estou habitualmente a viajar”.


 

Landing.jobs - recrutamento tech

 

Recuando bastante no tempo, Diogo começou por contar como surgiu a Landing.jobs, empresa que anteriormente se chamava Jobbox, criada em 2014. “Passou-se o ano de 2014 e a coisa não estava a correr super, super bem. A nível de trajectória, de crescimento e a nível de negócio estava bem abaixo das expectativas. Em 2015, já com pouco dinheiro, teve que se repensar o modelo. E repensando o modelo, houve um brand refresh na Landing.jobs. Só nessa altura, início de 2015, se fez o rebranding da empresa, se mudou o nome e o logo. Depois quisemos celebrar este grande acontecimento, e a forma que encontrámos de o fazer foi criar aquilo a que chamamos o Landing Festival, pela primeira vez em 2015, em Lisboa. A coisa correu muito bem, foi um evento na Marina de Lisboa onde juntámos algumas empresas e também fizemos uma viagem de barco pelo Tejo num registo de networking”.

 

O sucesso foi tal que, em 2016, o evento teve de novo lugar em Lisboa, mas com um propósito diferente - já não com foco no rebranding, mas sim com o intuito de crescimento da empresa. A viagem de barco manteve-se e tornou-se um marco muito próprio “É interessante que muita gente fala do passeio de barco como o identificador do evento”. O festival repetiu-se em 2017 e em 2018, edição que contou com cerca de 2000 participantes e fez crescer ainda mais o entusiasmo da equipa. Estava na altura de fazer mais e melhor - no mesmo ano, o Landing Festival aterrou assim em Berlim, passando a ter duas edições anuais.

 

“A Alemanha sempre foi um mercado interessante para nós, e de alguma forma tínhamos identificado um potencial gigante”. Depois de algumas pesquisas, a equipa organizadora conseguiu uma resposta positiva dos parceiros que estavam dispostos a apostar num evento deste tipo, bastante singular dentro da área de feiras de trabalho - o Landing Festival estava com um pé em Berlim. “Vimos a dimensão do mercado e a adesão. É um ecossistema muito preparado para este tipo de eventos, muito evoluído a nível de tecnologia. Muito internacional e muito aberto a novos paradigmas. Enfim, em termos de diversidade e de inclusão são muito evoluídos também, preparados para receber pessoas de todo o mundo”. Tudo isto está alinhado com o propósito da empresa  “Temos uma base de dados muito internacional e portanto fez todo o sentido para nós manter o evento em Berlim, explorar e fazê-lo crescer”, explicou Diogo à Berlinda.

 

A edição do Landing Festival em Berlim foi o que descreve como “momento de branding explosion” da empresa, uma ferramenta de marketing extremamente importante e impactante para a marca. “Utilizamos o evento como a nossa bomba atómica de marketing. Para nós é importantíssimo como meta de expansão para uma nova cidade e ajuda-nos a promover imenso a marca. É uma explosão, porque há imenso barulho à volta do evento. E por osmose, a Landing.jobs também está envolvida, que é quem faz o evento acontecer”.


 

Networking e mercado de trabalho em Berlim

 

Com registo de mais de 1000 participantes na edição do ano passado, o evento dirige-se a todos aqueles que gostam de estar a par das novidades e que procuram manter-se a par da evolução e tendências do mercado tech. “As pessoas devem ir porque vamos trazer speakers de todo o mundo que vão falar sobre carreiras tecnológicas. Vai ser uma mistura entre talks e workshops e muita tecnologia”, apela Diogo. AI, Blockchain e Dev Ops são alguns dos temas-chave. O evento procura ainda abordar os desafios de mercado em diferentes perspectivas e para diferentes funções de tech envolvidas - development, data science, ou product e design.

 

Para além das palestras, há também uma área de expositores, onde as empresas podem apresentar os projectos que estão a desenvolver e contactar directamente com potenciais candidatos. Esta é uma óptima oportunidade para empresas que querem refrescar a sua marca e dar a conhecer as tecnologias que estão a desenvolver. Apple, Google, Spotify, Accenture, IBM, ebay ou Siemens, são alguns dos nomes  que podem ser encontrados na lista de empresas participantes nesta edição.

 

“É uma boa forma de aprender com os melhores e também de fazer networking entre peers e com as diferentes empresas que estarão presentes com os seus expositores”, arrematou Diogo. O passeio de barco, esse, só em Lisboa.


 

Ecossistema Português

 

“O ecossistema era inexistente há cinco ou seis anos atrás. Com a evolução do mercado português, com o muito investimento que houve na área do empreendedorismo - não só a nível financeiro, mas também trazer recursos humanos qualificados para Portugal que já passaram por fases de expansão noutras empresas. Isto foi o que grandes empresas pioneiras fizeram, Farfetch, Outsystems ou Talkdesk, empresas que são neste momento unicórnios. Tudo isto fez com que nós crescêssemos”. Há alguns anos que Lisboa se voltou para o empreendedorismo e o termo start-up passou de repente a fazer parte do vocabulário das massas. Diogo descreve-a como uma cidade completamente transformada e em fase de evolução. “As empresas começam a acreditar mais nos recursos portugueses. Antes, o português ia para a construção civil. Agora, juntamente com o Cristiano Ronaldo, Mourinho, Guterres ou Durão Barroso, o português começa a ter uma conotação diferente no mercado, tecnicamente muito forte. As forças todas a emergir têm levado a que o ecossistema português comece a ser bastante conhecido como um todo”.

 

Como resultado, também são cada vez mais as empresas internacionais a considerar Portugal para expandir o seu negócio. “Começam a haver muitas empresas internacionais a investir em Portugal, como a Siemens, a Zalando, Mercedes, todas elas têm escritórios tecnológicos em Lisboa ou no Porto - isto tudo agita o ecossistema”, afirmou peremptório. Diogo é optimista quanto à continuação da evolução do mercado português e o impacto positivo para os trabalhadores portugueses. “No ramo da tecnologia, com mais competitividade e mais empresas em solo português, faz com que os salários subam. É uma questão de oferta e procura. De forma tangível, os salários de tecnologia subiram cerca 20% no último ano”, refere Diogo.

 

Em Lisboa, o Landing Festival consolida o seu sucesso desde a primeira edição em 2015 e acontece mais uma vez no final de Junho deste ano no Centro de Congressos em Lisboa. Fora de portas, o evento continua a sua trajectória de crescimento com edições previstas em outros países a realizar em 2019 e 2020, as quais serão reveladas em breve pela Landing.jobs.

Rita Guerreiro

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Licenciada em Audiovisual e Multimedia pela ESCS – Escola Superior de Comunicação Social (Lisboa), chegou a Berlim em 2010. Depois de ter participado em vários projectos de voluntariado e iniciado o Shortcutz Berlim, juntou-se à nova equipa Berlinda em 2016 e é desde então editora do magazine, para o qual contribui com vários artigos e entrevistas. 

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